A BioNTech e a Pfizer divulgaram hoje novos detalhes sobre a colaboração entre elas para encaminhar candidatos ao programa de vacina mRNA da BioNTech, contra a covid-19, visando avançar rapidamente para os testes clínicos em humanos com o objetivo de garantir um rápido acesso mundial à vacina, se aprovado.
As duas empresas pretendem iniciar os primeiros ensaios clínicos já no final de abril de 2020. Elas planejam realizar conjuntamente ensaios clínicos para a vacina inicialmente nos Estados Unidos e na Europa.
As companhias vão trabalhar juntas para aumentar a capacidade de fabricação para poder fornecer suprimento mundial de vacinas em resposta à pandemia. Também farão esforços em conjunto para comercializar a vacina em todo o mundo (exceto a China, que já tem colaboração da BioNTech com a Fosun Pharma) mediante aprovação regulatória de cada lugar.
“O combate à pandemia da covid-19 exigirá colaboração sem precedentes em todo o ecossistema de inovação, com as empresas se unindo para reunir capacidades como nunca antes”, disse Mikael Dolsten, diretor científico e presidente mundial de pesquisa, desenvolvimento e medicina da Pfizer.
Pelos termos do contrato, a Pfizer pagará à BioNTech US$ 185 milhões adiantados, incluindo um pagamento em dinheiro de US$ 72 milhões e um investimento em patrimônio de US$ 113 milhões. A BioNTech é elegível para receber pagamentos futuros de até US$ 563 milhões por uma contraprestação potencial total de US$ 748 milhões.
Ambas empresas irão compartilhar igualmente os custos de desenvolvimento. Inicialmente, a Pfizer financiará 100% dos custos de desenvolvimento e a BioNTech reembolsará sua participação de 50% nesses custos durante a comercialização da vacina.
A ação da BioNTech sobe 13% no pré-mercado em Nova York. A da Pfizer sobe 1,56%.