A farmacêutica Abbott suspendeu as projeções para o ano de 2020, alegando que a pandemia de coronavírus trouxe muitas incertezas. Hoje, a companhia informou que registrou queda de 16% no lucro líquido do primeiro trimestre, para US$ 564 milhões.
Segundo, a Abbott, a posição de caixa é forte apoiada em uma balanço saudável, com cerca de US$ 3,7 bilhões em caixa e equivalentes de caixa, além de investimentos de curto prazo. A empresa também diz ter acesso a linhas de crédito de até US$ 5 bilhões, caso necessário.
Nos primeiros três meses de 2020, a farmacêutica teve aumento de 2,5% na receita, para US$ 7,73 bilhões, sendo 4,3% de crescimento orgânico. Mas uma vez, o segmento de medicamentos de marca da Abbott registrou avanço nas vendas, de 5,2%, liderado por países emergentes, incluindo o Brasil, onde cresceu 8,1%.
A pandemia do novo coronavírus teve impacto negativo, porém, para o segmento de diagnósticos cardiovascular e de neuromodulação, cujas vendas caíram 0,8%. Segundo a empresa, as vendas foram afetadas por menores volumes de testes de rotina por causa do isolamento. “Devido à natureza crítica desses produtos, a empresa antecipa uma forte demanda quando a disponibilidade de recursos de assistência médica retornar aos níveis normais.” O segmento de diagnósticos avançou 1,4%.
A Abbott destaca que lançou recentemente três novos testes para a covid-19: o teste molecular Abbott ID NOW covid-19, cujos resultados saem em no máximo 13 minutos; o teste molecular Abbott RealTime SARS-CoV-2, usado em hospitais e laboratórios de referência; e um exame sorológico para detecção do anticorpo IgG. “Enquanto os testes moleculares detectam se alguém tem o vírus, os testes de anticorpos determinam se alguém já foi infectado”, explica a companhia.
No trimestre, a companhia fez amortização de ativos de US$ 561 milhões, 15% superior a amortização registrada no ano anterior.