Teich assume Saúde e tenta conciliação
17/04/2020
Depois de um longo período em que se desentendeu com o ministro mais popular de seu governo e o desautorizou publicamente, o presidente Jair Bolsonaro demitiu ontem Luiz Henrique Mandetta e nomeou o médico e empresário Nelson Teich. Em sua primeira entrevista, Teich não se comprometeu com a flexibilização abrupta do isolamento social, que é usado pela maioria dos países para conter o avanço acelerado da pandemia do coronavírus e foi a principal divergência entre Mandetta e Bolsonaro.
 
Favorável ao isolamento social, Teich adotou um tom conciliador. “Existe um alinhamento completo aqui entre mim e o presidente e todo o grupo do ministério”, disse. Em seguida, deixou claro que Bolsonaro lhe deu a missão que Mandetta se recusou a cumprir por temer o colapso do sistema de saúde e, portanto, o risco de a covid-19, a doença provocada pelo vírus, ser muito mais letal no Brasil do já que vem sendo.
 
“O que a gente está fazendo aqui hoje é trabalhar para que a sociedade retorne, de forma cada vez mais rápida, a uma vida normal”, disse o novo ministro, que chegou ao Palácio do Planalto acompanhado de representantes da Associação Médica Brasileira. Ele defendeu a economia e alertou para o problema do desemprego. “Um dos problemas é cuidar da saúde, mas tem o desenvolvimento econômico, a educação. Quanto mais desenvolvimento econômico, mais dinheiro para gastar com educação e a saúde.”
 
Ligado a grandes empresas da área de saúde, Nelson Teich defendeu, também, a realização em massa de testes da doença na população para tornar mais precisa a análise do quadro da pandemia no país. “A gente tem que entender mais a doença para que possamos sair dessa política de isolamento”, observou. Ao lado de Teich, Bolsonaro voltou a criticar duramente governadores e prefeitos que adotaram o isolamento social.
 
 
Fonte: Valor




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