O Brasil registrou 71.886 casos confirmados e 5.017 mortes por coronavírus no último dia, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta terça-feira, 28. Em 24 horas, foram mais 474 vítimas da covid-19, um recorde desde o início da pandemia.
Com as novas mortes, o país supera a China, onde a pandemia se originou, e que tem até agora 4.637 óbitos. Apesar de superar as vítimas, os chineses contabilizam mais infecções que o Brasil, com 83.938 pessoas contaminadas.
Em entrevista coletiva, o ministro da Saúde, Nelson Teich, assumiu que a alta exponencial dos últimos dias não tem mais relação com testes represados. “Agora, a gente tem que abordar isso como um problema. A curva que vem crescendo mostra o agravamento da situação”.
Em um dia, o estado de São Paulo, epicentro da pandemia no país, também bateu recordes de vítimas da doença: nas últimas 24 horas foram 224 novas mortes, uma alta de 12%, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Com isso, o total de mortes no estado chega a 2.049. Nesta terça-feira, 28, São Paulo registra 24.041 casos confirmados do novo coronavírus.
Em seguida vem o Rio de Janeiro que já atingiu a marca de 8.505 infecções e 738 mortes. Entre os estados com mais casos confirmados também estão o Ceará (6.918), Pernambuco (5.724) e o Amazonas (4.337).
De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, as regiões Sul e Sudeste ainda não atingiram o pico de casos contaminados pela pandemia.
Estimativas do governo apontavam que a pandemia atingiria o ápice entre o fim e abril e o início de maio.
Apesar de não cravar uma previsão, Wanderson ressaltou que a maioria das contaminações por doenças respiratórias costumam ocorrer nas semanas epidemiológicas 22 a 27 no Brasil. Hoje, o País está na semana 20, segundo ele.
O secretário disse ainda que a campanha de vacinação contra a gripe teve forte adesão e pode ser considerada bem sucedida pelo governo. Embora sejam doenças distintas, a vacinação contribui para reduzir internações em hospitais.