EUA iniciam testes com vacina desenvolvida por Pfizer e BioNTech
05/05/2020
Voluntários nos Estados Unidos começaram a receber nesta terça-feira uma vacina experimental contra o novo coronavírus desenvolvida em parceria pela Pfizer e a BioNTech. A vacina é a primeira das quatro com potencial de prevenir contra a covid-19 desenvolvidas pelas duas farmacêuticas.
 
Os testes clínicos ajudarão pesquisadores das universidades de Nova York e Maryland a avaliar se as vacinas são seguras, qual delas produz melhor resposta imunológica ao vírus e qual a dose a ser aplicada. As pesquisas com humanos começaram na Alemanha em abril.
 
A chefe de pesquisa e desenvolvimento de vacinas da Pfizer, Kathrin Jansen, disse que o resultado do estudo com 360 pessoas nos EUA poderá ser divulgado já no início do próximo mês. No entanto, será preciso realizar mais testes com mais pacientes.
 
A Pfizer acompanhará o trabalho dos pesquisadores e escolherá a candidata mais promissora para dar sequência ao desenvolvimento. O plano, segundo Jansen, é “se concentrar no que é bom e seguir em frente”.
 
Se os testes indicarem que alguma das quatro vacinas é efetiva, a Pfizer planeja ter uma versão para uso emergencial no início do outono (no hemisfério Norte), que começa em setembro, disse o executivo-chefe da Pfizer, Albert Bourla, em entrevista ao “The Wall Street Journal” na semana passada.
 
O governo americano tem o poder para autorizar o uso limitado de uma vacina ou de um medicamento durante uma emergência médica, antes mesmo que os testes regulares sejam concluídos.
 
Várias potenciais vacinas já entraram em fase de testes clínicos, incluindo as desenvolvidas pela Moderna e pela Universidade de Oxford, que recentemente firmou parceria com a AstraZeneca para acelerar a pesquisa.
 
Além do desafio de descobrir se as vacinas funcionam, os pesquisadores ainda têm de lidar com as incertezas sobre como os humanos desenvolvem imunidade contra o novo coronavírus.
 
Sem esse conhecimento, os pesquisadores confiam no entendimento nos estudos anteriores sobre outros coronavírus e anticorpos capazes de neutralizá-los, disse Kirsten Lyke, professor da Universidade de Maryland que está ajudando a liderar o estudo da Pfizer.
 
As vacinas da Pfizer e da BioNTech serão inicialmente aplicadas em adultos com idades entre 18 e 55 anos. Eventualmente, os pesquisadores buscarão voluntários mais velhos.
Após receberem uma primeira dose, uma segunda aplicação será feita três semanas depois. Mais tarde, o estudo testará diferentes dosagens. Quatro em cada cinco pacientes receberão a vacina, enquanto um receberá um placebo.
 
A vacina utiliza uma tecnologia genética conhecida como RNA mensageiro (ou RNAm). Eles carregam instruções para que as células do corpo produzam certas proteínas. Nunca uma vacina com RNAm foi aprovada para prevenir uma doença infecciosa.
 
 
Fonte: Valor




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