As farmacêuticas AstraZeneca e Gilead Sciences não comentaram uma notícia publicada neste domingo pela agência de notícias Bloomberg de que estariam negociando uma fusão.
A britânica AstraZeneca teria feito consultas informais à americana Gilead em maio para avaliar o interesse em uma união, segundo fontes não identificadas citadas pela agência.
Embora a Gilead tenha discutido a proposta com consultores, nenhuma decisão foi tomada. As empresas não estão em negociações formais, disseram as fontes.
Porta-vozes de ambas as empresas se recusaram a comentar a reportagem ao serem contatados pela Dow Jones Newswires.
A Gilead ganhou notoriedade após obter a autorização do regulador de alimentos e remédios dos Estados Unidos, o FDA, para o Remdesivir, remédio para tratamento de covid-19, enquanto a AstraZeneca está envolvida com a Universidade de Oxford para desenvolver uma vacina contra o coronavírus.
As ações da AstraZeneca recuam 2,37% nesta manhã em Londres, depois da divulgação da informação de que a empresa teria procurado a Gilead para uma potencial fusão.
Segundo o banco de investimentos J.P. Morgan, uma potencial fusão das duas farmacêuticas é improvável, mas poderá se tornar uma oportunidade de compra para os investidores na AstraZeneca.
O banco disse que um acordo entre as duas seria surpreendente, considerando a perspectiva de crescimento baixo da Gilead, de poucos produtos em desenvolvimento e aparente falta aparente de um caixa significativo.
Ainda assim, a operação iria impulsionar o lucro por ação da AstraZeneca em 50% em 2021 e 40% em 2022, e permitiria à farmacêutica britânica uma redução de dívidas. Para o J.P. Morgan, a queda das ações pode ser uma oportunidade de compra.
As ações da Gilead subiam 4,74% nesta manhã no pré-mercado de Nova York.