BNDES lança novo programa de R$ 2 bi para atender necessidade de capital de giro
08/06/2020

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou um novo programa, o BNDES Crédito Direto Emergencial, para atender à necessidade de capital de giro de setores, cuja preservação é de vital importância para a retomada da economia brasileira, na análise do banco.

Na primeira fase, o programa atenderá, por meio de operações de empréstimos contratadas diretamente, com orçamento de R$ 2 bilhões, as empresas de saúde, como hospitais e laboratórios.

 

As empresas beneficiárias deverão ter receita operacional bruta (ROB) igual ou superior a R$ 300 milhões. Os valores mínimo e máximo de financiamento do BNDES serão R$ 10 milhões e R$ 200 milhões.

O programa prevê que as empresas que mantiverem ou ampliarem postos de trabalho durante 12 meses terão acesso a uma taxa de juros menor.

O diretor de crédito e garantia do BNDES, Petrônio Cançado, disse que o principal objetivo do novo programa é “fazer crédito voltar à normalidade”.“[O objetivo] é conseguir que o crédito volte a girar na mesma magnitude de antes ou melhor. Buscamos, em média, condições melhores. O valor exato ainda vai ser definido com o Ministério da Economia”, afirmou.

Questionado se os juros poderão ficar mais baixos, o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, disse que cravar um número de redução de juros “não é trivial”. “É preciso acompanhar a dinâmica do mercado de oferta e procura. Mas continuamos bem otimistas com o produto”, comentou.

 

Montezano afirmou também que a instituição tem capacidade para expandir o BNDES Crédito Cadeias Produtivas, se ele for bem-sucedido. O BNDES Cadeias Produtivas conta com orçamento de R$ 2 bilhões e ofertará crédito aos fornecedores de empresas-âncoras que contratam serviços principalmente de micro, pequeno e médio portes.

Nesta modalidade, as âncoras repassarão os recursos captados junto ao BNDES para as empresas que prestam serviços a ela, sem custo adicional. “É um produto muito parecido com o que o BNDES faz hoje com bancos, que repassam para empresas. O repassador, em vez de ser um banco, será uma empresa… O objetivo é mais uma vez dar liquidez para pequeno e médio empresário”, disse.

Crédito ao setor sucroalcooleiro

Montezano também disse que a instituição entrará com R$ 1 para cada R$ 1 que banco operador colocar de crédito ao setor sucroalcooleiro, dentro do Programa de Apoio ao Setor Sucroalcooleiro (PASS), anunciado na semana passada.

“É uma demanda clara para financiamento de estoque. É uma linha que visa estocagem de etanol. Como BNDES não tem capilaridade para atuar na ponta, vamos também atuar com parceiros. Cada R$ 1 que banco operador colocar de crédito, BNDES coloca mais R$ 1”, afirmou.

O PASS coloca à disposição, em conjunto com os bancos comerciais, pelo menos R$ 3 bilhões (sendo R$ 1,5 bilhão do BNDES) para estocagem do insumo, diminuindo os riscos para quem vende e para quem compra.

Fonte: Valor




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