A Dasa, maior rede de medicina diagnóstica do país e a primeira a desenvolver um teste para covid-19 no país, criou dois exames genéticos para diagnóstico da doença que aumentará a capacidade de processamento da companhia dos atuais 35 mil para 120 mil testes por dia.
Uma das características dos exames genéticos é a sua possibilidade de analisar mais amostras simultaneamente devido ao sequenciamento genético. Para efeitos de comparação, uma máquina consegue processar 3 mil exames genéticos, num dia. Já com o teste RT-PCR (o tradicional) seu limite máximo é de 1 mil unidades.
Um dos novos exames da Dasa usa a enzima CRISPR, uma das tecnologias mais modernas para edição genética. O outro adota a metodologia Sanger, que elimina uma das etapas do processamento. Segundo Gustavo Campana, diretor médico da Dasa, os testes genéticos têm a mesma sensibilidade do RT-PCR, exame que detecta a presença do vírus da doença e considerado o mais confiável. O tempo de diagnóstico e preço também são similares. “Ao desenvolvermos os exames, nossa estratégia considerou os gargalos de produção dos exames. Entre eles estão a carência mundial de reagentes. Os testes genéticos usam outros tipos de insumos que não estão em falta no mercado”, disse. Os equipamentos utilizados são os mesmos que a companhia já possui e usa para procedimentos de sequenciamento genético.