Mais de 70% dos pacientes da telemedicina não precisaram ir ao PA
25/06/2020

Atendimento gratuito é realizado por 50 médicos do corpo clínico de instituição em Curitiba e ganha ainda mais importância com crescimento dos casos de COVID-19

Há pouco mais de dois meses, o cirurgião geral Diogo Falcão reserva parte da sua agenda para orientar e tirar dúvidas gratuitamente de pessoas com sintomas respiratórios. O médico faz parte de um grupo que já soma 50 profissionais e que recebem, em média, seis solicitações por dia. As consultas são feitas remotamente, em um serviço de telemedicina oferecido pelo Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba (PR). Os médicos do corpo clínico do Hospital atendem gratuitamente em regime de escala. A ação tem auxiliado na triagem de pacientes e permitido maior agilidade no repasse de cuidados a serem tomados em casos de sintomas respiratórios.

Atualmente, a busca pelo serviço é feita principalmente por pessoas na faixa entre 25 e 40 anos e cerca de 74% do total de atendidos no período não precisou de consulta médica presencial. “Esse serviço agiliza o atendimento à população, que recebe orientações conforme a gravidade dos sintomas e vem ao pronto atendimento somente quando é realmente necessário”, explica a coordenadora do serviço e do Centro de Ensino, Pesquisa e Inovação do Hospital Marcelino Champagnat e Hospital Universitário Cajuru, Cristina Baena. Neste período de crescimento no número de casos da COVID-19, o serviço se torna ainda mais essencial. “Ainda temos capacidade para atender um volume maior de pacientes pelo teleatendimento. É importante que a população utilize esse serviço gratuito e orientativo”, completa.

Segundo Diogo Falcão, o fato de a COVID-19 apresentar sintomas respiratórios comuns a outras doenças gera muitas dúvidas na população. “A vantagem é que, com as orientações online, o paciente se sente mais seguro. Inclusive, muitos deles aproveitam para relatar casos e esclarecer dúvidas sobre sintomas de parentes próximos”, revela.

Nem todos os casos orientados a buscar o pronto atendimento do hospital necessitam de internação. É o caso da consultora comercial, Julia Ingrid Ribeiro da Silva, de 30 anos: no final de abril ela teve sintomas gripais e usou o serviço de telemedicina do hospital. “O atendimento superou minhas expectativas. Fui orientada a passar por consulta no pronto atendimento e, quando cheguei, a equipe médica tinha em mãos todas as informações coletadas na consulta por telemedicina, agilizando o processo de diagnóstico”, relata. “Felizmente, não precisei de internação e já indiquei o serviço para várias pessoas. A atenção e orientações dos médicos me tranquilizaram em todos os momentos”, finaliza.





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