Os ganhos obtidos com a redução de custos e melhora da eficiência operacional dos laboratórios e hospitais que contratarem esse serviço serão compartilhados com a Dasa. Os percentuais a serem distribuídos dependem do acordo comercial a ser negociado. A ideia é seguir modelos de remuneração baseados em desempenho.
Segundo Vedolin, as primeiras conversas têm sido positivas, principalmente, com os hospitais que viram suas receitas caírem, no primeiro semestre, por causa da redução de procedimentos médicos provocada pela pandemia do novo coronavírus. Nos hospitais, a parceria é com a área de exames de imagem, onde é comum haver problemas de ineficiência.
Outra frente é a qualidade do atendimento médico. A Dasa vai compartilhar suas tecnologias de inteligência artificial que possibilita, por exemplo, detectar e avisar imediatamente, durante o exame, se o paciente está sofrendo um derrame. “Investimos um ano e meio em projetos de eficiência, transformação digital. Não é simples um laboratório ou hospital isoladamente investir nessas frentes”, disse. A Dasa apurou receita líquida de R$ 3,5 bilhões no ano passado.
Entre os potenciais clientes estão os 100 hospitais já atendidos pela Dasa. Além dos 4 mil laboratórios de análises clínicas, cujos exames são processados pelo Álvaro, empresa do grupo que processa exames a outros laboratórios do mercado. Mas a meta não é se limitar a esses parceiros e, sim, oferecer o serviço a qualquer laboratório ou hospital.
No país, há por volta de 5 mil laboratórios de exames de imagem, sendo que cerca de 50% são clínicas que não pertencem a grandes grupos.