Brasil pede mais prazo para decidir se compra vacinas pela OMS
18/09/2020

 
 

 
O Brasil pediu à Gavi Aliança (Aliança Global para Vacinas e Imunização) prorrogação de 30 dias para decidir se entra numa iniciativa global para garantir acesso mais rápido a uma futura vacina contra a covid-19, por um programa da Organização Mundial da Saúde (OMS). 
 

O Valor apurou que Brasília apoiou uma carta de vários países latino-americanos, por iniciativa da Guatemala, pedindo mais prazo para decidir. Oficialmente, os países interessados teriam que assinar até amanhã o contrato para participação no “pool financeiro” que apostará em nove vacinas em desenvolvimento, pelo “Covid-19 Global Access Facility (Covax Facility)”. 
 

No entanto, uma reunião de representantes do governo, em Brasília, continuava hoje à tarde. E o sentimento era de que o governo de Jair Bolsonaro estava propenso a não entrar mais no Covax, ao contrário da intenção anunciada no mês passada através de carta à OMS. 
 

O Ministério da Saúde tem muitas dúvidas sobre o mecanismo da OMS. Quer clareza sobre transferência de tecnologia e certeza sobre outros pontos que o mecanismo não prevê. O próprio Covax é um risco pelo qual vários países estão entrando porque têm mais chance de acesso a uma vacina. O mecanismo está apostando em nove delas, em fase de testes. 
 

A outra opção é o Brasil trabalhar bilateralmente para obter a vacina. Nesse caso, os custos políticos serão enormes se o governo apostar numa vacina que não dê resultado. 
 

Recentemente, o governo Bolsonaro tinha sinalizado pela opção de comprar vacinas pelo Covax para imunizar 20% da população brasileira, significando 84 milhões de doses (duas para cada paciente). Pelo preço médio de US$ 10,55 por dose, o custo para o país seria de US$ 886,2 milhões (R$ 4,69 bilhões). 

 

Fonte: Valor




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